Inovar na gestão de pessoas, da informação e do conhecimento – sem esquecer das atividades do core business, é o grande desafio dos escritórios de advocacia e dos departamentos jurídicos. Na busca por fechar essa conta, surgiram as Operações Legais – nova área do Direito que promete (e cumpre) tornar a rotina de profissionais mais estratégica e eficiente.

Na correria do dia a dia dos profissionais jurídicos, é comum assistir escritórios crescerem sem contar com estruturas de negócio fundamentais, como planejamento estratégico, tecnologia e operações. Esse aparente foco nas atividades estritamente ligadas ao Direito é um tiro que sai pela culatra, como explica Silvia Piva, sócia da GHBP Advogados e fundadora da Nau d’Dês, na aula magna do curso de Operações Legais da Nau d’Dês. “Dentro da formação universitária dos advogados, eles se super especializam tecnicamente. Mas muitas vezes temos gaps de gestão nos nossos negócios, porque estamos focados em atender nossos clientes. Isso resulta na perda de oportunidades e pessoas”, analisa a advogada.

Outras deficiências comuns aos negócios da área também incluem a dificuldade de precificar os serviços, demonstrar valor para os clientes, acompanhar a transformação digital e inovar nos processos. A boa notícia é que a área de Operações Legais, já solidificada na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda recente no Brasil, nasce com o propósito de suprir o Direito com ferramentas administrativas, gerenciais, tecnológicas, operacionais e acadêmicas, que tonam o exercício da advocacia mais ágil e efetivo.

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Foi esse o tema debatido na aula magna, que também contou com a participação de Jeane Avelar, diretora comercial e de customer success,sucess, e Mirian Silva, account manager, ambas da Thomson Reuters. Na conversa, as advogadas compartilharam suas experiências na área de Operações Legais e responderam perguntas do público que assistiu ao vivo. “Sempre perguntam sobre a formação dos profissionais de Operações Legais e sim, a experiência na área jurídica é comprovadamente um fator de sucesso na produtividade. Mas mais que isso, destaco que esse profissional precisa ter como competência a expertise em gestão e operações. Indicativos, dashs, KPI’s e análise de dados têm que ser áreas confortáveis”, explica Jeane.

Além disso, a capacidade de troca com outras áreas e o foco na eficiência, tecnologia e no cliente são fundamentais. “A estrutura de um departamento de Operações Legais bem fundamentado é composta por profissionais multitask e de várias áreas. Também é importante não confundí-la com outros departamentos como a Controladoria ou Administrativa”, alerta Mirian.

IMPLANTANDO A ÁREA DE OPERAÇÕES LEGAIS

Na hora de criar um departamento de Operações Legais, as três advogadas foram diretas: o ótimo não pode ser inimigo do bom. “Em escritórios pequenos podemos começar pela informação. Tenho informação financeira suficiente? E sobre o perfil do meu cliente? Entender as demandas da empresa é importante para criar uma cultura data driven, que precisa coletar, organizar e gerar insights a partir dos dados”, pontua Silvia.

Outros pontos importantes são: tornar os dados um diferencial do negócio para os clientes e planejar a forma como o conhecimento está sendo gerido na organização – já que é o seu principal ativo. Para as advogadas, iniciar a área de Operações Legais como um projeto transversal, reunindo profissionais de outras equipes, pode ser a oportunidade de despertar a inovação dentro da equipe que já existe nas empresas. O importante mesmo é começar.

Assista o webinar completo AQUI.